A UNIVERSALIDADE DA TRAGÉDIA OTELO, O MOURO DE VENEZA

Autores

  • Cesar Felipe Pereira Carneiro Doutorando em Letras - Estudos Literários na Universidade Federal do Paraná. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Licenciado, bacharel e mestre em Letras pela Universidade Federal do Paraná e bacharel em Cinema e Vídeo pela Faculdade de Artes do Paraná.
  • Célia Arns de Miranda Professora do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Paraná.

Palavras-chave:

Tragédia shakespeariana. Período elisabetano-jaimesco. Otelo, o mouro de Veneza.

Resumo

A tragédia shakespeariana é o enredo de uma calamidade excepcional, que provoca a queda de um homem em uma posição de destaque na sociedade. No entanto, esse infortúnio não ocorre como na tragédia grega, em que as Moiras determinam a boa ou a má sorte dos homens. Não se trata de um desígnio do destino, mas, sim, decorre das ações do próprio homem, ou seja, o homem é o agente responsável por sua própria queda. A partir desse pressuposto, o presente trabalho visa, primeiramente, discutir a tragédia shakespeariana no contexto elisabetano-jaimesco e, em seguida, apresentar algumas ideias em torno de Otelo, o mouro de Veneza, a fim de desenvolver uma argumentação a respeito do caráter de universalidade dessa obra.

 

DOI: 10.18304/1984-6614/scripta.alumni.n14p194-210

 

Biografia do Autor

Célia Arns de Miranda, Professora do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Paraná.

(orientadora)

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Publicado

2015-12-14

Edição

Seção

Textos em cena